O domingo, em Santa Maria, foi recheado de atividades para o público. Com início às 14h, o tradicional Brique da Vila Belga reuniu comerciantes e parte da comunidade, que procurava por alguma programação para finalizar o final de semana. Após algumas edições canceladas em decorrência do tempo chuvoso, o sol esteve presente entre nuvens, beneficiando a primeira edição do mês de julho.
No local, o repertório de vendas estava variado. Era possível encontrar roupas, diversas opções gastronômicas e tantos outros itens variados. Ruth Maria, 28 anos, é proprietária da Ensaboua, onde vende cosméticos artesanais, naturais e veganos. Desde 2019, ela realiza a produção dos itens em casa, e conta que o evento é uma ótima oportunidade para divulgar o trabalho.
– Aqui, a gente pode interagir com o público e conhecer outros comerciantes. É uma vitrine aberta, na rua. Cada vez que tem o brique, conseguimos perceber um aumento no público, até nos seguidores do Instagram. É muito importante para fomentar cada vez mais a economia local – avalia.
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No evento, dois palcos estavam disponíveis para o público, que prestigiou um repertório musical variado. No Palco 1, às 15h, Dj Tilo deu início ao som. Às 16h, o grupo Creuzebeks fez um tributo aos Mamonas Assassinas. Em seguida, a banda Purple Rain animou o público. No Palco 2, a partir das 15h30min, Paulo Maxwell embalou um espetáculo de voz e violão. A apresentação do (In) Formal Teatro veio logo depois, às 16h30min.
Os brechós também são um grande atrativo do brique, com diversas opções de estilo, preços e propósitos. Para quem deseja contribuir com alguma ação, encontra a opção do projeto Brechó Vida Mãos Solidárias, que participou pela primeira vez do evento. Com a venda das roupas, o dinheiro é usado para diversos propósitos sociais. Marili Goulart dos Santos faz parte da equipe e conta que uma das atividades desenvolvidas é a compra de café da manhã para cerca de 200 crianças distribuídas nas vilas Oliveira, Micó e Lídia.
– O brechó é um meio de buscar dinheiro para a gasolina para transportar as doações, e trazer o projeto para o evento é importante, já que queremos alcançar mais colaboradores. O brique nos recebeu de portas abertas, e agradecemos a quem olha com carinho para o nosso projeto.
Para quem é recém chegado na cidade, o brique é parada obrigatória. Júlia Vasques, d19 anos, foi atrás de peças para garimpar. Natural de Santa Maria, Júlia morava em Brasília, até que voltou para o Coração do Rio Grande para cursar Jornalismo, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
– É minha primeira vez aqui, e é muito legal porque existem vários brechós juntos. Então, você vem em um lugar e encontra diversas opções diferentes.
Ela observava as araras acompanhada do amigo Vinícius Maeda, 18 anos, também estudante de Jornalismo na UFSM. Natural de Pelotas, ele conta que conheceu o evento por meio das redes sociais. Ele conta que a programação é perfeita para o domingo, pois, muitas vezes, a cidade não conta com nenhuma outra programação para este dia.
–É necessário ter esse momento para se divertir, ver as bancas, descontrair. Principalmente para os universitários que ficam em casa, sem a família para ficar junto no final de semana.
O Brique da Vila Belga ocorre sempre no primeiro e terceiro domingo de cada mês. Em caso de chuva, as atividades são canceladas.
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